Há um livro fabuloso de peixe e marisco, North Atlantic Seafood, um clássico de 1976, que fala no carapau como um bicho com cara de cavalo, expressão que justificaria o seu nome em inglês, Horse Mackerel.
“Se olharmos com suficiente atenção,
tenho o pressentimento que iremos ver algo
parecido com um cavalo”,
escreve Alan Davidson, contrariando a tese, defendida por outros, de que o “horse” se referia antes à inferior qualidade do “trachurus trachurus”. O autor depois cita especificamente a gastronomia tuga, como a grande cozinha do carapau.
“Trata-se de um peixe de qualidade média,
bastante comestível quando grelhado. No entanto,
os portugueses fazem coisas interessantes com ele.
Aqui só lhe damos uma receita, o carapau de escabeche,
mas há outras no Algarve e nas ilhas Berlengas.”
Alguém sabe qual é a receita das Berlengas a que Alan Davidson se refere? E alguém já vislumbrou a tal cara de cavalo?
“Amanham-se os carapaus, temperam-se com sal metendo-os de seguida em cinza quente, onde se assam.
Comem-se temperados com pimenta e azeite.”
Googlei, mas isto da cinza remeter-me-ia mais para “à moda do Faial”
Obrigado, Paulo, bate certo com outro comentário. Abraço.