Ora, sucede o seguinte. Aquilo é mau, muito mau. Fui lá no outro dia e não queria acreditar. Começa por o espaço ser pobrezito: como dizia um amigo que me arrastou para o desastre, tem inspiração de Pinterest foleiro e construção de cadeia de fast food. Quanto às sandes balançam entre a banalidade e a bosta.
Éramos três à mesa (às mesas, o restaurante estava vazio) , experimentámos três sandes e os três saímos desconsolados e tristes. Maus produtos, más receitas, mau sabor, brioches medíocres. Para se ter uma ideia, imagine-se um bitoque dentro de um pão de leite ou, pior, bacalhau com hummus dentro de pão de leite. Horrível, horrível.
Eu digo-vos como é que ele consegue: com um jornalismo que deixou de ter filtro, deixou de ter tempo para pensar e deixou de ter força para se opor a pessoas que compram comunicação e publicidade a peso de ouro e que usam os outros truques todos (e são muitos e sofisticados) para calar e fazer escrever. Não é fácil parar isto. Já estive em posição de parar e nem sempre consegui.
Uma tristeza. Um absurdo.
👏👏👏 Da série:
“Quem fala a verdade não merece castigo”
Assim é que é! Nem uma vírgula a mais, nem uma vírgula a menos…
Amen. Só acrescentaria: falta de crítica gastronómica credivel e imparcial em Portugal.
Rita ou Miguel?
Estranho. Miguel
Nunca fui a um dos Olivier! E ainda bem, que abomino o discurso do senhor, desde que em plena crise financeira disparou que os portugueses tinham vergonha de gastar 100 euros numa refeicao (ou parecido)…
Ou que num programa de televisao se meteu a dizer que foi o inventor disto e daquilo, que antes dele usar um produto fancy nenhum chef em Portugal o fazia…
Balelas…
E depois tanto aparato com os restaurantes, de novo rico..
Felizmente leio uma bela critica
P.S. tem aqui um adepto do blog, que ontem descobri pelo MiguelPires
cumps
Muito obrigado, Miguel, fico muito por o ter por aqui e pelo seu texto.