O resort de Sun City é uma espécie de Las Vegas da África do Sul, sem príncipes europeus nem actores de Hollywood a brincar à pornografia.
Há uns anos atrás, eu e um grupo de jornalistas portugueses fizemos lá uma visita breve, durante uma viagem patrocinada pelo Ministério do Turismo.
Na primeira noite, fomos ao casino e enquanto alguns camaradas estoiravam o dinheiro nas máquinas, eu estacionava no bar a comer tapas de búfalo curado e a beber whisky escocês de 12 anos.
O melhor, no entanto, ainda estava para vir. Na manhã seguinte, o guia do turismo sul-africano quis levar-nos a conhecer o The Palace of The Lost City, um hotel de luxo arábico, com estatuetas, piscinas e repuxos por todo o lado.
Passei sem grande memória pelas suites, mas uma coisa não esquecerei: o pequeno-almoço no salão The Crystal Court, com janelões abertos sobre o jardim, revelou-se uma das melhores experiências gastronómicas da minha vida.
Foi ali, e não em França, que comi os croissants mais apetitosos de sempre, pequenos mimos estaladiços e lascados, que podíamos barrar com dezenas de doces e compotas ou nozes geladas de manteiga. Havia também uma considerável gama de pães, ovos feitos no momento, salsichas de diversos recheios e cozinhas, queijos de todas as províncias francesas e um sumo natural para cada fruta exótica plantada no planeta Terra.
Nada disto seria de valor, naturalmente, se o bacon não prestasse. Mas acontece que também o bacon era imbatível, as fatias finas, crocantes, secas.
Voltarei um dia a Sun City.
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