De manhã, no café, os miúdos pediram-me o euro que lhes devia pelas massagens da véspera na praia e, quando virei costas, estavam a introduzir as moedas numa máquina do demo, de onde saíam caixinhas de Pringles. As Pringles são as piores batatas fritas já alguma vez inventadas. “Tenho dúvidas, aliás, que sejam batatas”, disse-lhes, ao que a Maria encolheu os ombros e engoliu mais duas.
Ao almoço, decidi dar-lhes uma lição. Usei as batatas novas da D. Lucinda, cortei-as em palitos, imergi-as em água fria e reservei-as no frigorífico durante 10 minutos. Depois, retirei-as, sequei-as com papel e polvilhei-as de sal grosso, antes de as fritar em óleo de girassol. No final, só pimenta branca.
Ficaram muito competentes: crocantes, douradas, sequinhas. Mas não o suficiente. Resultado final: Pringle 2, Batatas do Pai 0.
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